Ah que saudades que tenho
da minha infância querida
dos anos que não voltam mais
saudades das brincadeiras
das desavenças corriqueiras
dos tantos pés de frutas
do tamanho do nosso quintal.
Saudades de todos os amigos
que por lá deixei .
das brincadeiras que inventei
o tempo que parecia nunca acabar
de andar de pés descalços
de me sentir rica com trocados
dos sabores que só encontrei lá
de sonhar, sonhar e sonhar.
Ai que tristeza! tristeza só de pensar
no espaço que tenho: apertado
nos trocados , valores trocados
falta de criatividade em brincar
e até , mesmo no castigar
na falta daquelas frutas
nunca mais brincar na rua
que futuro ao meu filho vou dar...
Paródia do poema : Meus oito anos de Casimiro De Abreu